domingo, 2 de agosto de 2015

"Continuação de Cidades de Papel"

Oi gentee!
Nessa férias viajei para minha cidade natal, e durante o percurso (dentro do carro) não tive nada pra fazer, e ai me veio a ideia de fazer uma "fanfic" de continuação do livro "Cidades de Papel". Acho que ultimamente depois do filme ouvi muita gente achando ruim o final, então resolvi mudar. Espero que gostem. Adicionei alguns personagens, então não estranhem. 

//7 anos depois//
(1 Capítulo)
"Como de costume, me levantei 6 horas e me arrumei. Tomei minha tigela de cereais com leite. O telefone tocou e eu me espantei ao ler "Carter" na tela.
-"Alô?"
-"Olá Quentin aqui quem fala é o Carter...tudo bem?" - ele disse com um tom de empolgação. Me surpreendeu bastante desde a nossa ultima conversa desastrosa sobre o projeto.
-"Ah...Oi. Tudo sim. Como está aquele projeto? Ainda em andamento?"
- "Sim...e é sobre isso que eu estou lhe ligando. Preciso de você aqui na minha sala." - esse cara só pode está de brincadeira.
-"Quando?"
-"Você pode agora?"
-"Ta. Chego ai em 30 minutos"
-"Até"
E desligou. Tenho que ter um pouco de orgulho também, não aceitar qualquer proposta. Mas como recusar? O prédio com uma cobertura incrível na nata de Nova York, meu grande projeto. Me apresso e entro no carro. O escritório dele é bem perto da minha casa, mas tudo aqui é muito longe, mesmo perto: muitos carros. Pego o celular e ligo para Caitlyn.
-"Bom dia amor, hoje não posso te pegar para o almoço infelizmente."
-"Bom dia...mas porque?" - ela falou com voz de sono ainda.
-"Carter me ligou, e eu estou indo pra sala dele agora mesmo...então vai atrasar um pouco lá na faculdade, e vou ter que repor as aulas de tarde"
-"Sério?!" - ela quase gritou do outro lado da linha. Caitlyn ficou muito triste na época que o meu projeto foi recusado pelos empresários. Acho que é a que mais se empolga.
-"Sério...- dei uma risada pela empolgação do outro lado da linha e continuei
-"mas preferia te ver mesmo assim"
- "Que nada! Você vai arrasar lá, aposto que eles mudaram de ideia. Vamos nos encontrar à noite para comemorar...beijo."
-"Ta, só não crie muita expectativa com isso. beijo"
Caitlyn e eu estamos namorando à 2 anos, e é como se eu tivesse uma melhor amiga pra todas as horas, mas que na verdade é minha namorada. As vezes acho que ela me entende mais que eu mesmo.
Entrei na garagem do escritório e para minha surpresa, Carter estava na porta me esperando.
-"Grande Quentin!" - falou muitas bobagens até entrarmos em sua sala.
Uma sala ampla, com uma visão maravilhosa...um mar de prédios, por toda Nova York. Me perguntei se um dia teria um escritório desse tipo.
-"por favor sente" - falou apontando para cadeira a sua frente e fez o mesmo. Continuou falando.
-"Quentin, fomos equivocados em descartar a ideia do seu projeto. Percebemos que foi um erro. Queríamos fazer uma proposta novamente" - olhei para a mesa uns dois segundos, com uma cara de quem quer dizer sim.
-"Como será a proposta?"
-"Não se preocupe, não iremos voltar atrás" - falou anotando números em um cheque. -"Pegue. Serão dois desse, um no início e um no final da obra"
Peguei o pedaço do papel, olhando para aqueles números todos, e eu tive vontade de gritar. Eu realmente iria fazer o meu primeiro grande projeto.
-"Aceito"
Assinei os contratos e sai daquela sala completamente maravilhado, com meu cheque no bolso.
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Whatsapp:
Caitlyn: Eai?
Eu: Deu certo...sou o novo engenheiro de Nova York!
...
-
Eu: Radar, sou o novo engenheiro de Nova York
Radar: o que? Sério? Como assim cara
-
Eu: Ben, como você tá? Não responde mais minhas mensagens. Tenho uma novidade cara, sou o novo engenheiro de Nova York!
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-"Alô. mãe?"
-"Oi filho, como você está? Já ia lhe ligar..." - ela falou com uma voz serena.
-"ta tudo ótimo. Tenho uma novidade! Consegui o projeto daquele apartamento aqui no centro a qual tinha lhe falado, lembra?"
-"Lembro filho! Parabéns! Sabia que cedo ou tarde teria sucesso. Queria que você estivesse aqui para poder lhe abraçar"
-"Obrigada mãe! Queria muito também. Mas pelo visto só vou ai no mês que vem." - Queria muito ver minha mãe e meu pai, mas com essa coisa do projeto e as aulas que estou dando na faculdade, fica complicado.
-"filho...lembra que eu falei que ia te ligar?"
-"ah sim...aconteceu alguma coisa?"
-"não, ta tudo bem. Só que chegou uma carta para você ontem de manhã." - ela falou devagar.
-"Deve ser daquela revista que eu assinei naquela época. Mãe faz o seguinte, me envia pelo correio."
-"Não filho. É de Margot "
" - ela falou com voz de preocupada. Sei lá.
Eu fiquei imóvel. Não conseguia responder nada. Fazia tempo que não lembrava dela, sempre lembrava mas como se fosse lenda na minha mente...uma coisa que tava enterrada. Apertei os olhos. Engoli a saliva. E tentei responder alguma coisa que não indicasse que eu estava desconcertado.
-"ah...tem certeza mãe?"- falei ainda com os olhos fechados.
-"tenho filho. Tem no pacote dizendo que é de Margot Roth Spiegelman. Não sabia que se falavam ainda."
Nem eu sabia. Por esses anos todos eu imaginei onde Margot poderia está, como estava, com quem... E na minha imaginação, ela sempre estava rodeada de pessoas. Na minha mente, ela tinha me esquecido completamente. Nem sabia se eu queria realmente ler essa carta. Mas no fundo eu sabia.
-"Mãe, faz o seguinte, me envia pelos correios por favor"
-"Ta. Fiquei em dúvida se eu devia falar com a mãe dela, e dizer sobre a carta. Faz tempo Quentin, que eles não vêem ela, seria um conforto para eles saber se ela está bem e ..."
-"Não mãe. Já lhe falei, Margot ta bem. Ela não quer isso. Tenho que desligar. Vou esperar a carta. Obrigada por avisar,beijo. te amo."
-"Ta filho. Beijo, amo você também"
Fiquei uns 20 minutos sentado no sofá. Tentando imaginar o que Margot queria comigo. Já se passaram 7 anos desde que ela simplesmente fugiu de tudo e de todos. Eu entendo ela. Eu entendi. Mas não quero voltar a ver ela, só se fosse pra ela nunca mais sumir. "
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Postarei em breve a continuação!
comentem o que acharam...
Beijos da Ju

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