sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Poema: "Amor próprio aos alheios"

Essa memória que me ataca,
esse doer que 
me opaca,
esse rancor que 
me afasta,
a solidão que 
me afaga,
o coração que ainda me traga,
a persuasão que 
me aconselha;
mas,
nada se assemelha 
a isto.
Estou novamente perdida,
desta vez em um beco sem saída,
pirada da vida.
Me perdi 
e não me encontro mais,
culpa daquele rapaz,
cujo retirou-me de mim,
e arrastou-me a seu amor;
aquele que no início só me alegrou,
que por muitos dias me deu valor,
que por meses 
e anos jurou-me amor.
Hoje me trás altas doses de dor,
estou bêbada de tanto tomá-las,
nem me aguento em pé,
só conto com a
e com a solidão que tanto acaricia.
Tô longe de mim ainda,
tô sem mim faz vários dias,
tô ainda só
e cada vez mais perdida. 
Até que aparece-me um anjo,
com voz de bom moço fala algo,
e oferece-me amor;
eu contente a disfarçar,
que novamente estava a 
me apaixonar,
que encontrei um novo eu ali,
que me vi novamente feliz
e voltando a sorrir...
Mas,
de tanto repetir-se o ciclo,
de tanto a vida espancar-me sem nem ter dó de minha pele;
finalmente vi a lição que queria 
passar-me,
diante do meu sofrer e dos meus olhos;
devo procurar-me em mim,
felicidade e fim,
cumplicidade a mim.
mas,
essencialmente ter amor próprio a mim.


Texto: Natanael Costa
Foto: tumblr 




Beijos da Ju!


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