Editora: Geração editorial
Temas: leucemia, câncer, criança, amizade,relações familiares, perspectiva infantil sobre o mundo...
Páginas: 232
Minhas estrelas: 5/5
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"Meu nome é Sam. Tenho onze anos. Coleciono histórias e fatos fantásticos. Quando você estiver lendo isso, provavelmente já estarei morto"
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"Como viver eternamente" é um livro muito muito fofo. Acho que pelo fato de ser narrado por uma criança, que na verdade tem pensamentos mais coerentes do que o de alguns adultos. O fato é que Sam não tem uma vida comum como a das outras crianças, tem aulas particulares em casa e não tem muito convívio, pois sua doença está num grau muito elevado e ele mesmo sabe que tem pouco tempo de vida. Sua professora, lhe incentiva a escrever sobre ele mesmo e ai Sam se empolga e acaba escrevendo um livro em forma de diário. Mas ele não dá muita importância para a doença, não deixa com que a doença dirija a vida dele, na verdade ele acha mais importante resolver seus inúmeros questionamentos sobre a vida e o mundo.
Começamos a entender seus sonhos, seus questionamentos, seus pensamentos sobre a própria família...passamos a entender sua dor, mas agarrarmos suas alegrias. Falando em alegria, nós também conhecemos Félix, que é o melhor amigo de Sam. Félix também sofre de câncer, e passa a maior parte do tempo com Sam. Juntos eles soltam a imaginação, ajudam um ao outro na realizações de seus sonhos...sonhos como fazer uma discoteca no guarda-roupa! Mas também têm aqueles sonhos bem mais raros de se concretizarem: como ir até a Lua; andar de dirigível; bater um record...
Esse livro é tão doloroso, mas ao mesmo tempo Sam nos mostra as alegrias de sua vida. Ele tem um coração enorme, e é completamente "contente". Percebemos que Sam encara a vida de uma forma bem diferente, e que ao contrário de muitas pessoas, encara a morte de forma simples.
Na minha velha escola, costumávamos preparar ciclos de vida. Sei tudo sobre o ciclo da água, o ciclo do carbono e o ciclo do nascimento das estrelas. Tem a ver com coisas velhas que morrem e coisas novas que nascem. Velhas estrelas formando novas. Folhas mortas se transformando em plantinhas. Pode ser algo que morre ou pode ser algo que nasce.
O que eu acho incrivel é que realmente parece o diário de um garoto (parece que não foi a escritora que escreveu), nos faz embarcar na vida de Sam, de forma simples e bem marcante. Esse livro é com certeza bem reflexivo, e eu acho difícil explicar através de palavras o que ele nos passa. A Junção da narrativa: inocência (criança) com situações ruins da vida, nos leva a pensar sobre a nossa vida. "E se fosse eu? será que eu reagiria assim?" eu pensei muito. Sam com certeza é um exemplo de criança, por isso que esse livro não é um livro infantil! É um livro voltado para todas as idades. E eu realmente recomendo a todos. Me surpreendi pois não gosto muito de livros narrados por crianças.
Obrigada amiga Taís que me recomendou a leitura e ainda por cima me emprestou! (❤)
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